terça-feira, 20 de setembro de 2011

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO



GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS
ESCOLA ESTADUAL JESUS NAZARENO DE SOUZA CRUZ



PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO



EQUIPE GESTORA

Maria Leila de Sales Melo
Gestora

Verônica Oliveira Barroso
Gestora Administrativa

Gildelena da Luz Rocha
Secretária Escolar

Ana Maria Silva de Oliveira
Coordenadora Pedagógica do Ensino Médio

Maria Adélia dos Reis Silva
Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental


BOA VISTA – RORAIMA – 2011

1. APRESENTAÇÃO
Falar em Projeto Político Pedagógico – PPP - algumas vezes nos parece irrelevante e repetitivo. Entretanto, acredita-se que, não pelo conceito em si, mas pela essência de seu sentido e intenção de pensar a intencionalidade do fazer pedagógico, é importante essa discussão.
Frequentemente se discute que as atividades pedagógicas precisam ser planejadas mais próximas possível da realidade em que estão inseridos os sujeitos do processo educativo. Porém, não dá para negar que existe uma lacuna entre o que se quer e o que se tem.
Assim, é necessário Planjear a educação, evitando improviso e norteando caminhos para a sua ação. Nesse sentido, o PPP apresenta-se justamente como uma possibilidade de instrumento teórico-metodológico da realidade e do encontro político e social em que se encontram inseridas, não só a escola Jesus Nazareno, mas todas as instituições de ensino como um todo. Segundo Veiga (1995, p. 11) “A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base nos seus alunos”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96), no artigo 15, concedeu à escola progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira. Ter autonomia, portanto, significa construir um espaço de liberdade e de responsabilidade para elaborar seu próprio plano de trabalho, definindo seus rumos e planejando suas atividades de modo a responder às demandas da sociedade, ou seja, atendendo ao que a sociedade espera dela. A autonomia permite à escola a construção de sua identidade e à equipe escolar uma atuação que a torna sujeito histórico de sua própria prática.
Pensar no processo de construção de um projeto político-pedagógico requer uma reflexão inicial sobre seu significado e importância. A LDBEN ressalta a importância desse instrumento em vários de seus artigos. No artigo 12, inciso I, que vem sendo chamado o “artigo da escola” a Lei dá aos estabelecimentos de ensino a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. O artigo 12 inciso VII define como incumbência da escola informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. No artigo 13, chamado o “artigo dos professores”, aparecem como incumbências desse segmento, entre outras, as de participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino (Inciso I) e elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino (Inciso II). Finalmente no artigo 14, em que são definidos os princípios da gestão democrática, o primeiro deles é a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.
Evidentemente que, a construção do PPP deve ser amparada por concepções sólidas da gestão democrática, da autonomia e fundamentalmente da participação, uma vez que o envolvimento dos atores educativos ajuda na interação entre objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade que, por meio da reflexão, definem as ações necessárias para melhor atender seus sujeitos de acordo com a realidade vivenciada.
Em conformidade ainda com a A LDBEN, a RESOLUÇÃO Nº 04/99 do CEE/RR estabelece Diretrizes para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico das Escolas de Educação Básica, apontando questões que nortearão a elaboração da proposta, dando autonomia às escolas para criar e avançar nas suas concepções e formulações decidindo, democraticamente, a respeito.
Dessa forma, não se trata apenas de assegurar o cumprimento da legislação vigente, mas, sobretudo, de garantir um momento privilegiado de construção, organização, decisão e autonomia da escola. Por isso, é importante evitar que essa exigência se reduza a mais uma atividade burocrática e formal a ser cumprida.
Um projeto político-pedagógico voltado para construir e assegurar a gestão democrática se caracteriza por sua elaboração coletiva e não se constitui em um agrupamento de projetos individuais, ou em um plano apenas construído dentro de normas técnicas para ser apresentado às autoridades superiores.
Entende-se que precisa constantemente fazer uma (re)leitura da realidade em que está inserida e o Projeto Político-Pedagógico deverá (re)significar o trabalho humano dos sujeitos da instituição, possibilitando a (re)construção da escola para, além de sua esrutura física, envolver organização administrativa, pedagógica e política, a fim de atingir os objetivos básicos, mínimos e essenciais do processo educativo. Como diz (VEIGA, 1995, p. 33) a construção do PPP requer continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de decisão e isntalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório.
Segundo (Oliveira, 1997, p. 41) é imprescindível destacar que o PPP “confere consistência, amplitude e sentido à prática pedagógica, porque é através dele que se congregam as energias, se traçam perspectivas e se organiza o processo de trabalho na escola”. Portanto, é a partir deste pensamento que se procede a análise da existência, finalidade e contribuição do projeto político-pedagógico para a organização do trabalho escolar.
E assim, pode-se afirmar que a escola só responderá satisfatoriamente aos desafios da sociedade, se todos os segmentos que atuam em seu interior – profissionais, pais e alunos – com compromisso político e participação, puderem expressar tudo o que sabem e diz respeito à sua vida, à sociedade, ao país ao estado, bairro, e ao mundo, esquecendo os postos hierárquicos.
Confirmando esse pensamento, Pinto e et al (1997, p. 69) ressaltam que:

os postos hierárquicos não devem ser utilizados para o abuso do poder e o alijamento de determinados atores na tomada de decições. Independente de sua posição no organograma da escola e de sua função, cada ator deve ter igualdade de oportunidades em relação à participação no projeto político-pedagógico. Enquanto funcionário de uma escola e, portanto, educador, cada um deles tem um papel importante a desempenhar no trabalho pedagógico da instituição e na definição clara do tipo de escola que desejam e do tipo de homem que pretendem formar.



Por outro lado, sabe-se que “o projeto não é uma receita mágica” (Vasconcellos, 2002, p. 21), mas é um instrumento de luta que pode consolidar a autonomia da escola, ajudando a ressignificar o ethos onde todos se sintam responsáveis por mudar aquilo que acontece dentro e fora da escola coletivamente.
Dessa forma, o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Jesus Nazareno foi elaborado pela primeira vez de forma sistemática, nos anos letivos de 1999 e 2000. As discussões e análises do processo pedagógico e administrativo da gestão democrática da escola envolveram todos os funcionários e comunidade escolar, buscando a participação efetiva dos pais, professores e alunos a cerca do processo ensino-aprendizagem e educação de qualidade, que já era premente naquela época. As atividades escolares foram concluídas no ano 2000, com o encaminhamento do Projeto sistematizado, socializado e referendado pela comunidade escolar à Secretaria Estadual de Educação. Em 2008, iniciou-se o processo de revitalização do PPP da escola, reorientando e discutindo as ações para as atuais necessidades da escola, de acordo com as novas perspectivas educacionais.
O primeiro passo foi envolver os agentes educacionais e a comunidade para, juntos, revitalizar o PPP. Após esse momento, traçou-se um plano de trabalho de reconstrução e consolidação do projeto. A proposta foi bem aceita pela comunidade, que se envolveu por meio das comissões. Foram divididas as equipes e suas respectivas tarefas. Esse processo ocorreu através de uma sistematização que contou com uma programação de trabalho, sendo: refazer e aplicar o diagnóstico; data para implantar e criar os colegiados; definição dos pilares da escola no ensino, na orientação e no acompanhamento do ensino e aprendizado, bem como a participação da comunidade escolar.
Em 2009, a vivência do Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Jesus Nazareno se efetivou em uma prática constante de estudo, análise e reflexão por todos os agentes da escola. O PPP da escola é de participação e conhecimento de todos, cujas ações estão distribuídas entre técnicos, gestores, professores, alunos e pais.

O projeto como tal, não é um todo acabado, todavia, no nível em que está, reflete a consciência coletiva desta comunidade escolar. Requer, quando necessário, novas discussões e atualização do texto para responder às necessidades da comunidade escolar. 

2. HISTÓRICO DA ESCOLA

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jesus Nazareno de Souza Cruz, situada à Rua Manoel Sabino dos Santos nº 36, bairro Caranã, na cidade de Boa Vista, Capital do Estado de Roraima, foi criada pelo Decreto n° 1.289 de 28 de setembro de 1990, publicado no Diário Oficial do Estado n° 191 de 11 de outubro de 1990.
O nome da Escola homenageia o senhor Jesus Nazareno de Souza Cruz, o qual nasceu em 25 de dezembro de 1901, na cidade de Óbidos, Estado do Pará, e morreu no dia 27 de dezembro de 1980, na cidade de Boa Vista, Estado de Roraima. Era filho de Francisca Magalhães Cruz (roraimense descendente da tradicional Familia Magalhães) e de Alfredo Venancio de Souza Cruz. Este pertencente aos primeiros portugueses radicados no Brasil, tendo vindo para o antigo Município do Rio Branco (hoje Estado de Roraima) como militar do Exército e como um dos defensores do Forte São Joaquim. Tornou-se mais tarde proprietário de diversas fazendas de gado no território roraimense. A homenagem ao senhor Jesus Nazareno de Souza Cruz se deve ao fato do mesmo ter demonstrado em vida grandes preocupações com a educação, chegando ao ponto de construir escolas com recursos próprios em suas fazendas do Monte Cristo (região do Cauamé) e Jerusalém (região do Uraricoera), as quais beneficiaram seus próprios filhos e as demais crianças das circunvizinhanças de ambas regiões.
A Escola Jesus Nazareno de Souza Cruz começou a funcionar precariamente em 1989, quando ainda era uma escolinha simples de madeira, com apenas um pavilhão, dividida em 06 salas de aula pequenas, secretaria, direção e copa. Não tinha água tratada e nem energia elétrica. A Escola possui 16 salas de aulas, 01 biblioteca (funciona em uma sala de aula), 01 refeitório, 01 copa, 01 cantina, 01 ginásio coberto, 01 sala de Tv Escola que funciona em uma sala de aula e um pavilhão administrativo, com salas de direção, coordenação pedagógica, secretaria, salas de professores, um laboratório de informática, sala de saúde e a sala da fanfarra. Há 35 funcionários de apoio, 41 professores, 01 gestora, 01 administrador, 02 coordenadores e 01 secretário.
Essa instituição atende atualmente a alunos do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental e da 1ª a 3ª séries do Ensino Médio na modalidade regular. Os dados nos mostram que os alunos da Escola Jesus Nazareno do ensino fundamental e médio são filhos da classe trabalhadora, que, em sua maioria sobrevivem com 01 salário mínimo, dependem de Programas como o Bolsa Escola, o Bolsa família e o Vale Solidário exercendo as mais variadas profissões e residem, majoritariamente nos bairros adjacentes:Jardim Caranã, Cauamé e Caranã. O quadro sócio-econômico, da nossa clientela, nos faz perceber que as dificuldades que as famílias enfrentam hoje estão relacionadas a questões políticas, sociais e econômicas, o que reforça a importância deste Projeto Político Pedagógico, no sentido de possibilitar à escola o cumprimento do seu papel, promovendo aos alunos uma consciência crítica quanto à necessidade de mudanças nas estruturas de nosso país, partindo de além do conhecimento científico, para a capacidade de transformação de nossa sociedade.
A escola vem evoluindo bastante em sua cultura escolar. Nos últimos anos vem desenvolvendo alguns projetos pedagógicos, como o projeto de Reforço Multidisciplinar, desenvolvido semanalmente, Projetos Semestrais Interdisciplinares com temas relacionados ao cotidiano dos alunos, Projeto Simulado, que acontece bimestralmente, além de algumas manifestações culturais, como danças folclóricas, festa junina, feiras de ciência, gincanas culturais, entre outras atividades escolares. No esporte, dentre outras modalidades esportivas, a escola é destaque no futebol de salão, voleibol; karatê e capoeira.
A Escola Jesus Nazareno tem incentivado a formação continuada dos docentes, realizando cursos de informática, com o objetivo de melhorar a atuação desses profissionais, bem como a sua autoestima. OS HTPCs – Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo - ocorrem todas as quartas-feiras, propiciando espaço para debates e reflexões acerca da prática educativa. Os Conselhos de Classe são realizados pelo menos quatro vezes ao ano, buscando a reformulação das práticas escolares, a partir das reflexões realizadas durante as discussões.
Como forma de envolver os pais no processo ensino aprendizagem, são realizadas, mensalmente reuniões, afim de discutir as ações realizadas na escola. O PAP - Plantão de Atendimento aos Pais – ocorre bimestralmente, durante três dias consecutivos, objetivando informar aos pais sobre a conduta e o rendimento dos alunos.
Os Programas do governo Federal que a Escola tem desenvolvido com competência são: PME, PDE e PDDE. Além da verba federal, a escola usa os recursos proveniente do aluguel da cantina e faz festa pelo menos uma vez por ano para arrecadar fundos com o objetivo de suprir as necessidades imediatas do cotidiano.
O ano letivo de 2009 foi marcado por bons resultados, já que a escola superou a meta do IDEB, estabelecida para esse período; teve representações de alunos em alguns programas lançados pela SECD/RR e outras instituições, além de um bom número de alunos ter logrado êxito nos exames vestibulares.

Pela Escola Jesus Nazareno, passaram os seguintes diretores:
  • Hélvio Tupinambá de Souza Cruz (1989), 1º diretor e filho de Jesus Nazareno;
  • Maria Consolação Passos da Costa (1990), 2ª diretora;
  • Maria Rita Marins (1991 a 1994), 3ª diretora;
  • Carlos Alberto dos Santos (1994), 4º diretor;
  • Ana Maria Natrodt de Magalhães (1995 a 1996), 5ª diretora;
  • Silvania Mary de Almeida Gurgel (1997 a 1998), 6ª diretora;
  • José Silvano de Pinho (1999 a 2001), 7º diretor;
  • Marlete Lima Pereira (2002 a 2004), 8ª diretora;
  • Ageu Rodrigues dos Santos Filho (2005), 9º diretor;
  • Maria Irene Pereira da Silva (2006 a 2007);
  • Maria Cilene Gomes Rodrigues (2008 a 2010)
  • Maria Leila de Sales Melo (2011)

3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Nome da instituição: Escola Estadual Jesus Nazareno de Souza Cruz
Endereço completo: Rua Manuel Sabino dos Santos nº 36, Bairro Caranã
Código do INEP: 14001071
Telefone/fax/e-mail/sitio: (95) 3627- 1819 - eejesusnazarenodesouzacruz_@hotmail.com

Localização: Boa Vista
Data de criação da escola/ decreto: nº. 1289 de 28 de setembro de 1990, publicado no Diário Oficial nº. 191 de outubro de 1990 do Estado de Roraima.
Nível de ensino/modalidade: Ensino Fundamental e Médio do Ensino Regular
Turno de funcionamento: Matutino, Vespertino e Noturno
Número de alunos: 1.147
Matutino: 517
Vespertino: 501
Noturno: 129
4. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS GERAIS DA ESCOLA ESTADUAL JESUS NAZARENO DE SOUZA CRUZ

a) OBJETIVO

Propiciar condições ao educando para a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades que o torne capaz de intervir na sociedade de forma crítica e participatica, conquistando sua cidadania.

b) MISSÃO DA ESCOLA:

Formar pessoas críticas, comprometidas e atuantes na sociedade, favorecendo o conhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos de forma a serem capazes de criar novas perspectivas de vida, valorizando a cultura e respeitando a diversidade cultural do povo. 

c) VISÃO DE FUTURO


Queremos ser uma escola de qualidade e de excelência, oferecendo um ensino que possibilite aos nossos alunos a conquista da cidadania e a transformação de sua realidade.

d) VALORES E PRINCÍPIOS DEFENDIDOS

  • Trabalho em equipe
  • União
  • Profissionalismo
  • Liderança
  • Formação contínua
  • Envolvimento da comunidade
  • Democracia
  • Igualdade
  • Colaboração
  • Equidade
  • Respeito

5. MARCO REFERENCIAL
A escola, tomando para si o objetivo de propiciar condições ao educando para a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades que o torne capaz de intervir na sociedade de forma crítica e participativa, conquistando sua cidadania, buscará eleger, como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres, pois a escola tem a função de intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos.
Para isso, mais do que se adequar às diretrizes legais, o desafio maior é o de promover o novo paradigma da educação, especialmente no que concerne aos aspectos metodológicos, com a incorporação da tecnologia e das novas formas de qualidade de vida.

5.1 MARCO FILOSÓFICO

A sociedade, segundo Marialice Mencarini (2008), compreende o conjunto de homens com grupos de diversas dimensões e significados, que compõem a humanidade.
Nos primórdios, o homem buscou sobrevivência, proteção e acasalamento. Hoje, a vida em sociedade traça, em seu conteúdo, a disputa pelos bens. Entretanto, não se pode abandonar o estabelecimento de regras gerais onde a imposição de limites possibilita a não invasão dos direitos individuais.
A escola entra como parceira da família para complementar e ampliar os conhecimentos e os valores adquiridos no contexto familiar, pois o homem tem a necessidade de participar de grupos sociais, dentre eles: família, escola, igreja, trabalho e tantos outros. É necessário, portanto, compreender que todo indivíduo depende do outro e que para haver harmonia deve-se compreender as noções de direitos e deveres, onde tudo só pode funcionar em virtude da unidade das funções assumidas pelos co-participantes. A cada indivíduo é atribuída uma tarefa funcional e todos estão condicionados pela sua participação no contexto geral.
O ser humano, por natureza, é um ser em constante evolução, as limitações dos direitos individuais em favor da coletividade foi o único caminho politicamente encontrado para alcançar maior equidade social, quando se fala em ser humano, em individualismo e em sociedade.
Partimos do entendimento de que o homem é um ser social e cultural, que com suas características próprias e em interação com outros indivíduos, mediado pela realidade, constrói o seu próprio conhecimento e sua concepção de mundo. Seja para encontrar o sentido das coisas, seja para facilitar sua sobrevivência.
A crescente presença da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e nas relações sociais apresenta como conseqüência, um ciclo permanente de mudanças, provocando rápidas rupturas, que precisam ser consideradas pela sociedade.
A globalização econômica, ao promover o rompimento de fronteiras em tempo histórico muito curto, muda a geografia política e provoca, de forma acelerada, a transferência de conhecimentos, tecnologias e informações; além de recolocar as questões de sociabilidade humana em espaços cada vez mais amplos. Diante desse mundo que apresenta múltiplos desafios para o homem, a educação surge como uma utopia necessária e indispensável à humanidade na sua construção da paz, da liberdade e da justiça social.
Dessa forma, a Escola da sociedade moderna e tecnológica deve preparar o indivíduo para a vida social. Não significa atender aos valores e a lógica do mercado, a vida social que se trata aqui é a vida de cidadania. Significa desenvolver a formação de um indivíduo que seja sujeito de seu processo de aprendizagem e posteriormente, da sociedade. Ou seja, se torne um sujeito social, cidadão pleno.
Partindo deste pressuposto, um conceito fundamental a ser desenvolvido na escola, é o da participação. Construir relações verdadeiramente participativas, desenvolvendo a capacidade plena para participar decisivamente no direcionamento da sociedade.
No entanto, a visão de participação do Neoliberalismo considera que os sujeitos da nova política não são mais cidadãos, mas grupos; seus fins não são mais universais, visando o interesse geral, mas micrológicos., baseando-se na busca do individualismo, dotando os indivíduos para a acirrada competição do mercado de trabalho; distanciando-se, assim, dos valores da ética e da solidariedade. Assim sendo, a escola deve reagir e reforçar a coletividade e a noção de solidariedade nas relações cotidianas, que paulatinamente tem sido destruída pelo sistema capitalista. A presente proposta, de forma geral, direciona para uma perspectiva democrática e participativa, com o compromisso de formar cidadãos críticos, criativos, conscientes e atuantes.
Neste sentido, a formação do cidadão passa necessariamente pela construção do conhecimento. Daí a importância da atividade mental construtiva nos processos de apropriação do conhecimento, que é, antes de mais nada, uma construção histórica e social que permite interpretar a realidade e construir significados e novas possibilidades de ação e construção de conhecimentos. É nesse universo que reforçamos o entendimento de que a educação é um processo em constante construção, partindo de desafios enfrentados para superá-los.
A escola, portanto, deve ser um local de transformação social. Isto significa que, para o aluno desenvolver o seu senso crítico, é necessário a garantia do conhecimento acumulado pela civilização humana, tornando-se uma ferramenta a mais no processo de transformação social. O professor é o mediador entre o conhecimento e a prática social do aluno. O aluno desenvolve o senso crítico quando o professor o ajuda a ter acesso ao conhecimento tradicional de modo crítico. O aluno, com sua experiência imediata num contexto cultural, participa da busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e modelos expressos pelo professor, o qual deve envolver o aprendiz com o conteúdo, a partir do estilo de vida deste, tendo consciência, inclusive, dos contrastes entre sua própria cultura e a do aluno.

5.2 MARCO SITUACIONAL

Conforme propõe a LDB, a organização do currículo deve superar as disciplinas estanques; ou seja, a integração e articulação dos conhecimentos deverão ser realizadas num processo permanente de interdisciplinaridade e contextualização.
A metodologia do trabalho interdisciplinar supõe atitude e método, envolvendo integração de conteúdos; passando de uma percepção fragmentária para uma concepção unitária do conhecimento; superando a dicotomia entre ensino e pesquisa, ponderando sobre o estudo e a pesquisa, a partir do apoio das diversas ciências. Além disso, o ensino-aprendizagem é centrado no olhar de que aprendemos ao longo de toda a vida (educação continuada). Articular saber, informação, experiência, meio ambiente, escola, comunidade etc., tornou-se, atualmente, o objetivo da interdisciplinaridade que se manifesta por um fazer coletivo e solidário na organização da escola.
Uma análise mais cuidadosa dos PCNs nos revela a opção por uma concepção instrumental de interdisciplinaridade.

Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um fenômeno sob diferentes pontos de vista. Em suma, a interdisciplinaridade tem uma função instrumental. Trata-se de recorrer a um saber útil e utilizável para responder às questões e aos problemas sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p. 34-36)

Nesse contexto, o professor é o norte que ajuda o aluno a descobrir, a reconstruir e a posicionar-se frente ao conhecimento. No processo de aprendizagem, o aluno não constrói sozinho o conhecimento, essa construção é feita continuamente com outros e na interação com os outros. As práticas pedagógicas em sala aula devem exceder uma visão fragmentada e descontextualizada do ensino, tornando as aprendizagens significativas. A contextualização do conteúdo traz importância ao cotidiano do aluno, mostra que aquilo que se aprende em sala de aula tem aplicação prática em nossas vidas. A contextualização permite ao aluno sentir que o saber não é apenas um acúmulo de conhecimentos técnico-científicos, mas uma ferramenta que os prepara para enfrentar o mundo, permitindo-lhe resolver situações até então desconhecidas.
O contexto dá significado ao conteúdo e deve basear-se na vida social, nos fatos do cotidiano e na convivência do aluno. Isto porque o aluno vive num mundo regido pela natureza, pelas relações sociais, estando exposto à informação e a vários tipos de comunicação. Portanto, o cotidiano, o ambiente físico e social deve fazer a ponte entre o que se vive e o que se aprende na escola.
Aproveitando-se, pois, do conhecimento prévio do aluno, o professor deverá planejar "induções", fazendo com que o conceito a ser aprendido parta do próprio aluno.
Assim, a escola não deve ser lugar de reprodução de relações de trabalho alienada e alienante. Outrossim, um ambiente que possibilite a construção de relações inovadoras, de respeito, justiça, solidariedade, auto-estima e participação coletiva. É espaço de desenvolvimento da capacidade de inserção social. Em tal inserção, a comunidade educativa compromete-se com questões relevantes para a vida coletiva.
De acordo com os PCNs, o aprendizado de diferentes formas de participação social é essencial ao desenvolvimento dessa capacidade. Essa participação é necessária para superar o individualismo e atuar numa dimensão coletiva. Dessa forma, desenvolve-se também a capacidade ética do respeito mútuo, que envolve o compreender, o conviver e o produzir com o outro, nas diferentes situações da vida, de valores e de opções da constante criação e recriação, que é o ato educativo.
Segundo a LDB, para responder ao conjunto das suas missões , a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os quatro pilares do conhecimento:
  • Aprender a conhecer, ou seja, adquirir os intrumentos da compreensão para que possa viver dignamente, desenvolver as suas capacidades profissionais e de comunicação, além de possibilitar a atuação do indivíduo no meio que o envolve.
  • Aprender a fazer para poder colocar em prática os seus conhecimentos, bem como adaptar a educação ao trabalho futuro, tendo em vista que as aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como simples transmissão de práticas, mais ou menos rotineiras, embora estas continuem a ter um valor formativo que não pode ser desprezado.
  • Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências – realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos – no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.
  • Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.
Nesta atual conjuntura, em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educação como um todo. Esta perspectiva serve, portanto, de inspiração e orientação para as práticas educativas desenvolvidas no ambiente escolar.
Visando promover a educação como desenvolvimento humano, a Escola Jesus Nazareno se enquadra, segundo os ensinamentos de Luckesi, na tendência progressista crítico - social dos conteúdos, pois transforma os conteúdos abstratos em conteúdos vivos, concretos, sem fugir da realidade social. Sua metodologia é fundamentada na prática, buscando envolver o aluno em uma perspectiva social, levando-o a buscar soluções para os problemas existentes em sua comunidade ou na realidade do seu cotidiano, quando o professor estará relacionando-os aos conteúdos. Segundo Cipriano C. Luckesi:

Os métodos de uma pedagogia crítico - social dos conteúdos não partem, então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno confrontada com o saber trazidos de fora. O trabalho docente relaciona a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos pelo professor, momento em que se dará a “ruptura” em relação a experiência pouco elaborada. (1993, p. 38)

Corroborando com as ideias de Luckesi, Saviani (1995) acredita que “a formação do docente deve estar fundamentada em bases teóricas, sólidas, apoiada na reflexão filosófica e no conhecimento cientifico. Tal fundamentação é condição sine qua non para efetiva compreensão do homem como síntese de múltiplas determinações, assim como das vinculações do trabalho educativo, no contexto da prática social.”
Assim, fica evidente que a bagagem cultural do aluno não deve, de forma alguma, ser rejeitada, pois ela é a base de todo aprendizado escolar. Na realidade, as teorias pedagógicas de Luckesi e Saviane fazem da escola um ambiente de troca de experiências e conhecimentos. Não há como negar, nem como fugir desta realidade, afinal a escola prepara o aluno para a vida, o que na verdade, comprova a necessidade de não deixar de lado a realidade social e cultural do aluno.
Sabe-se que a educação não se faz isoladamente, ela depende de uma reciprocidade para que se concretize. É evidente que o aluno não pode ser comparado a um depósito de conhecimento. O ato de educar se processa a partir do momento em que professores e alunos trabalham juntos, trocam ideias, conhecimentos, visto que ninguém é o dono da verdade.
Desse modo, o professor é o mediador entre o conhecimento e a prática social do aluno. O aluno desenvolve o senso crítico quando o professor o ajuda a ter acesso ao conhecimento tradicional de modo crítico. O aluno, com sua experiência imediata num contexto cultural, participa da busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e modelos expressos pelo professor, o qual deve envolver o mesmo com o conteúdo, a partir do estilo de vida deste, tendo consciência, inclusive, dos contrastes entre sua própria cultura e a do aluno.
A ação educativa e os meios utilizados (metodologia, conteúdo, avaliação, relacionamento etc.) podem servir como instrumentos de construção da cidadania e de transformação da realidade, desde que a ação desenvolvida se dê de forma significativa, criativa, crítica e duradoura. Diante deste fato, buscamos um referencial teórico - metodológico que possibilite a construção do conhecimento pelo aluno em interação com o mundo e de mobilizar este conhecimento frente a novas situações, no sentido de reconstruí-lo, de acordo com as possibilidades que as competências permitem. “Na perspectiva dialética de educação, o _ conhecimento em sala de aula não tem sentido em si mesmo. O conhecimento tem sentido quando possibilita o compreender; o usufruir ou o transformar a realidade”. (Vasconcelos, 1995 : 34). O conhecimento deve propiciar ao educando transformar-se e, dessa maneira, ser capaz de contribuir com a transformação da própria realidade.
A concepção dialética de Educação “baseia-se numa concepção de homem e de conhecimento onde se entende o homem como ser ativo e de relações. Assim, compreende se que o conhecimento não é “transferido” ou “depositado no outro (conforme a concepção tradicional), nem é “inventado “pelo sujeito (concepção espontaneista) mas sim, construído pelo sujeito na sua relação com os outros e com o mundo”. (Vasconcelos, op cit: 45).
Assim, o conteúdo apresentado pelo professor necessita ser refletido e reelaborado pelo aluno para que se torne conhecimento dele.

5.3 MARCO OPERACIONAL
Nós educadores temos a tarefa de contribuir com a tomada de consciência pelo aluno das necessidades adotadas pela sociedade e relacioná-las ao objeto de conhecimento. Neste sentido, descreve-se as linhas gerais, que são base do projeto político pedagógico, nos seus pilares e nas suas implementações práticas:

  1. Gestão Pedagógica e Participativa: Esta linha é fundamental para o sucesso do processo de ensino e aprendizado e da permanência da nossa clientela na escola, pois reorienta as responsabilidades e distribui as tarefas entre o poder público/ instituição escolar e a comunidade/ sociedade civil. Outro ponto deste pilar é a convivência do diálogo através de uma pedagogia dialógica entre a gestão, comunidade e os colegiados: grêmio estudantil, conselho escolar e APM. A gestão democrática e participativa é uma linha mestra do PPP, ela circula e interage com as outras duas linhas, no sentido de uma paralela de ida e volta, suas dificuldades são desafiadoras, mas não impossível.

  1. Ensino Contextualizado: Este pilar é o foco principal do PPP, é âmago do mesmo, pois determina as ações de orientações e acompanhamento do conhecimento, transpondo o mesmo em ensino contextualizado na vida prática e na realidade do educando. A linha teórica de orientação pedagógica é a pedagogia dialógica, ação e reflexão entre os sujeitos, professores e alunos, que juntos buscam através das ferramentas e dos recursos disponíveis na escola um método construtivista, uma prática prazerosa e eficaz que se traduz em um ensino aprendizagem eficaz.

  1. Participação Plena da Comunidade: Esta linha é tão importante quanto às anteriores, não é algo inovador, é simplesmente a sensibilização de conscientização educacional, tendo na escola a sua função de democratizar e acompanhar os processos que vivem o país, o estado, o município, e chega até o nosso bairro/comunidade, neste exercício de colaboração e parceria entre o poder estatal e a organização comunitária. Este princípio é um elo que fortalece essa corrente das linhas mestras do Projeto Político Pedagógico da escola.

A organização da Escola Jesus Nazareno de Souza Cruz segue a seguinte estrutura:

5.3.1 DIMENSÕES DA ESCOLA

O projeto político pedagógico da escola tem um princípio de gestão norteada e fundamentada pela gestão democrática e participativa.
Neste sentido, a comunidade escolar é a mentora e determina os processos de gestão democrática e participativa em dois sub-eixos:
  • A gestão pedagógica e colegiada;
  • Gestão de orientação pedagógica;
  • Gestão de orientação educacional;
  • Colegiada:
  • Grupo de liderança de turma;
  • Professor conselheiro;
  • Conselho de Classe.
  • A gestão administrativa e colegiada: Este processo de gestão não está desassociado do outro. Os dois não são um só. Suas subdivisões se materializam somente para facilitar a implementação da execução dos trabalhos que demandam a escola. E estão subdivididos em:
  • Gestão de pessoal;
  • Gestão de material;
  • Gestão de serviços;
  • Gestão de receitas e despesas;
  • Gestão de voluntários;
  • Colegiada:
  • Associação de Pais e Mestres – APM;
  • Conselho Escolar;
  • Grêmio Estudantil;
A vivência de uma prática educacional é um processo construído em longo prazo, o imediatismo não funciona e é visto pelo dito que ofusca a prática para escrever a experiência. O processo democrático e participativo de gestão tem um único foco: facilitar, intervir, apropriar e avaliar todo o processo de ensino aprendizagem da nossa escola. É uma ferramenta única que se desdobra e se ramifica por todo o fazer didático pedagógico e administrativo, desenvolvido pela escola. Seu objetivo principal é a garantia do direito constitucional aos nossos alunos de uma educação de qualidade, fundamento principal do processo de gestão democrática e participativa.
Desta forma, na Escola Jesus Nazareno, busca-se desenvolver uma gestão democrática, em que a participação da comunidade seja essencial para os problemas enfrentados na escola. Democratizar a gestão é pensar a participação em todos os momentos do planejamento da escola, de execução e de avaliação, não apenas convidar a comunidade para eventos ou para contribuir na manutenção e conservação do espaço físico.
Quando a escola constrói seu Projeto Político-Pedagógico, em processo democrático de decisões, instaura-se nestes espaços uma forma de organização do trabalho pedagógico que supera os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com o autoritarismo e com as relações burocráticas que impera no interior de muitas escolas, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza aos poderes de decisão.
Desse modo, o Projeto Político Pedagógico tem a ver com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a relação de totalidade.

5.3.1.1 DIMENSÃO PEDAGÓGICA

A Escola Jesus Nazareno desenvolve suas ações no sentido de melhorar a aprendizagem dos alunos. O horário das aulas ocorrem, das 7:30 às 11:50 para os alunos do Ensino Fundamental II do 6.º ano ao 8.º ano, das 13:30 às 17:50 para os alunos da Modalidade do Ensino Médio Regular diurno, e no horário noturno, das 19:30 às 23:00 o Ensino Médio Regular Noturno.
É disponibilizado aos alunos, além da organização do sistema regular do ensino, uma série de projetos, desenvolvidos no horário oposto à sala de aula, que vem contribuir para aprendizagem, evitando que fiquem ociosos.
Contudo, muito ainda precisa ser concretizado para melhorar as estatísticas dos resultados obtidos em todas as modalidades de ensino. Por isso, a Escola centraliza seus esforços na melhoria da aprendizagem dos discentes, através de aulas de reforço das disciplinas críticas, programas de estímulo à leitura, incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos. No entanto, fatores externos e internos dificultam a melhoria da aprendizagem, como a superlotação das turmas, formação dos professores, ausência da família na vida escolar de seus filhos, problemas estes existentes no sistema educacional não só de Roraima, como do país. Assim, na Escola Jesus Nazareno o aluno é o centro do processo, de forma que este receba uma formação integral.

A seguir serão apresentados o índice do IDEB e os quadros de rendimento escolar dos três últimos anos:
 


Escola
IDEB
Metas Projetadas

Jesus Nazareno de Souza Cruz
2005

3.3
2007

3.6
2009

3.7
2007

3.3
2009

3.5

2011

3.8
2013

4.2
2015

4.5
2017

4.8
2019

5.1
2021

5.3
 
Dados do Ensino Fundamental
Dados do Ensino Médio
 
Considera-se que a melhoria dos indicadores de resultados em todos os aspectos do Ensino Fundamental e Médio será crescente na escola, uma vez que há um esforço e um comprometimento da equipe em alcançar a elevação nos índices de aprovação e diminuição das taxas de abandono e reprovação. Os projetos inovadores, a melhoria dos espaços escolares para utilização nos processos de ensino e aprendizagem, o acompanhamento das práticas escolares, planejamento contextualizado, monitoramento da aprendizagem, a busca constante da atuação da família na vida escolar de seus filhos, dentre outras ações, possibilitam que a escola cumpra o seu papel na formação dos alunos.

  1. Organização Curricular

Como o PPP visa à emancipação (Veiga, 1995, p. 34) em todo o processo vivenciado pela escola, organiza seu trabalho escolar baseado em seus alunos, o projeto também norteia sua concepção, realização e avaliação através da organização do currículo, do tempo escolar, do processo e decisão e propicia as relações de trabalho mais democrático e participativo.
A autora ainda acrescenta que o currículo não é um instrumento neutro, é perpassado por ideologias e culturas. Faz parte do processo organizacional da escola na medida e que se pressupõe a sistematização do conhecimento escolar, referindo-se tanto à proposta feita pela a escola, quanto ao caminho, ao trajeto que os discentes percorrerão durante sua formação escolar.
Tendo em vista que o currículo tem objetivo definido, além de formar a identidade do aluno como resultado de sua ação, Veiga (1995) diz que este deve ser organizado através de calendários, prevendo todas as atividades da escola, estabelecendo além dos dias letivos, feriados, dias religiosos e férias, os espaços para reuniões pedagógicas que podem ser destinadas tanto à formação continuada de professores, quanto ao acompanhamento e a avaliação do PPP.
A organização do trabalho escolar precisa ser um processo de decisão e relações de trabalho participativo e coletivo, vinculada estreitamente aos princípios do PPP que são: a igualdade, autoridade, democracia, autonomia e participação. No que diz respeito à participação no espaço escolar, (Gadotti e Romão, 2000, p. 16) dizem que:

(...) ela contribui para a democratização das relações de poder no seu interior e, consequentemente, para melhoria da qualidade do ensino. Todos os segmentos da comunidade podem compreender o funcionamento da Escola, conhecer com mais profundidade todos os que nela estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educação ali oferecida.

Em outras palavras, é preciso compreender que o PPP é uma proposta de educação cujo objetivo é deixar claro que ensino se pretende oferecer, que aprendizagem se pretende construir e para onde a educação, como um todo, pretende conduzir o fazer da escola.
Dessa forma, visualizando o PPP como um instrumento mediador para a efetivação da relação teoria-prática e tendo em vista a necessidade da constante avaliação para (re)dimensionar os objetivos, a Escola Jesus Nazareno utiliza como base da Proposta curricular as Diretrizes Curriculares do Estado de Roraima, como mediadora a Divisão de Fortalecimento de Currículo – DIFC/SECD, por entender que esta orienta e complementa este projeto, pois conduz o currículo no sentido de preparar os alunos para o trabalho e para a conquista da cidadania, tendo em vista a formação de cidadãos críticos, conscientes e dinâmicos, de forma que possam contribuir para a transformação da sociedade.
A Escola Jesus Nazareno de Souza Cruz, ao exercer sua função, busca sempre o apoio da comunidade, buscando formar parcerias com a sociedade em geral, de forma a fortalecer todo esse trabalho.
Seguem, abaixo, as matrizes e os conteúdos curriculares que orientarão as discussões e o planejamento na escola.
5.3.1.2 Matriz Curricular Ensino Fundamental de 9anos - 6º ao 9º ano.


ÁREAS DE CONHECIMENTO
DISCIPLINAS
CH/SEMANAL
CH/ANUAL


DIAS LETIVOS ANUAIS
Base Nacional Comum
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
Língua Portuguesa
04
04
04
04
160
160
160
160
Educação Física
02
02
02
02
80
80
80
80
Arte
01
01
01
01
40
40
40
40
200
Ciências da Natureza e Matemática.
Matemática
04
04
04
04
160
160
160
160
Ciências
02
02
02
02
80
80
80
80
Ciências Humanas e suas Tecnologias.
História
02
02
02
02
80
80
80
80
Geografia
02
02
02
02
80
80
80
80
Ensino Religioso
01
01
01
01
40
40
40
40
Parte Diversificada
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Língua Estrangeira Moderna
02
02
02
02
80
80
80
80


TOTAL
20
20
20
20
800
800
800
800
3200


  • CH/SEMANA = Todas as aulas, por semana, de cada disciplina;
  • CH/ANUAL = É a multiplicação do módulo de 40 semanas vezes o número de aulas por semana de cada disciplina, é igual ao número de aulas de cada disciplina no ano letivo;
  • TOTAL = É o somatório das aulas de cada disciplina;
  • BASE NACIONAL COMUM = Determinada na Lei 9394/96 e demais normatizações atinentes;
  • PARTE DIVERSIFICADA = Poderá ser complementada em cada escola e deverá ser contemplada na Proposta Pedagógica.
  • Duração da hora-aula = É de 60 minutos.
  • Os conteúdos de Arte e Ensino Religioso não terão atribuição de notas, nem caráter de reprovação.
  • Os conteúdos de Educação Física serão desenvolvidos sob forma de iniciação desportiva, sem atribuições de notas.
 
b) Planejamento

O planejamento de ensino deverá emergir do social e a ele retornar numa ação dialética. Assim estaremos construindo uma ação pedagógica comprometida com a totalidade do processo educativo. Numa perspectiva dialética de Educação, o planejamento deve ser flexível e fundamentado numa ação pedagógica participativa, crítica e transformadora através da integração de todos os elementos inseridos no processo, numa ação globalizante e coletiva. Essa ação participativa se dá através do diálogo, reflexão, questionamento e avaliação de atividades propostas coletivamente, priorizando a relação entre teoria e prática, entre escola e realidade social. Ao planejar, contaremos com a orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que não são obrigatórios, mas servem para ajudar o professor a preparar seu planejamento, sem ferir a Lei Educacional que aponta para a interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos trabalhados. É importante destacar a articulação de grupos por área de conhecimento, sob a orientação do coordenador, na viabilização dos planejamentos.
O planejamento pedagógico na Escola Jesus Nazareno acontece semanalmente nos HTPCs - Horário de Trabalho Pedagógico - espaço onde se discute as ações a serem desenvolvidas na escola, planeja-se as aulas do Reforço Multidisciplinar, que acontecem toda semana, objetivando sanar as dificuldades de aprendizagem nas disciplinas consideradas críticas (Português e Matemática). Outra ação desenvolvida nos HTPCs é o planejamento coletivo do projeto Transdisciplinar Semestral, que busca contemplar os temas da atualidade e/ou transversais, sempre priorizando os assuntos de interesse dos alunos, com ações que culminam em um evento e que se estende à comunidade escolar.
O trabalho com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais acontecerá em três momentos: no primeiro momento, o aluno será inserido no ensino regular e a escola oferecerá, mediante colaboração da SECD, atendimento educacional especializado de acordo com a necessidade do aluno. No segundo momento, a ação estará voltada para a troca de informação entre professor do AEE, professor da sala comum, gestores, família, funcionários e comunidade em geral, visitas às casas dos alunos e encontros com profissionais da área para elaboração do estudo de caso; o terceiro momento será voltado para a elaboração do plano individual onde serão contempladas as habilidades, potencialidades e necessidade dos alunos inclusos.

      1. Conteúdos

A Escola tem a função, dentro da sociedade, de oferecer oportunidade aos educandos para que aprendam com qualidade, preparando-os para que tornem cidadãos conscientes e competentes. Para tanto, não são suficientes apenas a seleção e organização lógica dos conteúdos, mas imbuí-los de significados através das experiências de vida dos alunos, ocasionando, assim, uma aprendizagem significativa.
Para tanto, é necessário que se faça uma análise crítica dos conteúdos que fazem parte do currículo escolar, objetivando selecionar o que é essencial e o que é secundário a ser aprendido, levando em conta as necessidades e interesses do educando.
Devemos adequar os conteúdos à realidade sócio cultural do aluno, valorizando os conhecimentos adquiridos por ele ao longo da vida, adotando posições críticas em relação aos valores e costumes, desenvolvendo o real papel socializador da escola. A partir do enfoque que se dá aos conteúdos, a escola manifesta seus propósitos pedagógicos. Nesta perspectiva a escola se propõe a problematizar os conteúdos, como uma maneira de aguçar o lado crítico do educando, ou seja, apresentar os conteúdos em situações problematizadoras, como forma de promover o diálogo e a discussão entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem: educador e educando.

d)Dos Procedimentos (metodológia/didática)

A base metodológica a que o corpo docente, coordenação pedagógica e gestores se propõem a adotar, com vistas à formação da cidadania e na busca de um ensino de qualidade é a contextualização do assunto, o desenvolvimento da expressão oral, a escrita e a criatividade dos alunos, a partir da produção de textos (inclusive textos para teatro), diálogos, relatórios, entrevistas, pesquisas etc.; da execução de trabalhos em grupos, promovendo a interação entre alunos, alunos e professores, no conjunto da escola, e entre escola e comunidade;
O desenvolvimento dos temas transversais devem ser trabalhados de modo interdisciplinar - tais temas deverão ter relação direta com temas universais como: justiça, solidariedade, cultura, respeito, paz, visando a participação consciente de todos na escola, na comunidade e na sociedade.
A escola, ao adotar uma postura que promove novas formas de atuação que vão surgindo dentro da ideia geral de auxiliar grupos, pessoas a se educarem, ou seja, a buscarem sua identidade e a dominarem instrumentos de participação na sociedade, privilegia o conhecimento.
A metodologia constitui um reflexo da concepção de educação e dos objetivos a que nos propomos. Sendo assim, a ação didática se fundamenta na concepção dialética de educação, em que o conhecimento é construído pelo sujeito em sua relação com os outros e com o mundo. O caminho para a construção do conhecimento se processa em três dimensões na concepção dialética:
  • A mobilização do conhecimento constitui o primeiro nível de significação, entre sujeito e objeto;
  • A construção do conhecimento, segundo nível de interação, constitui o confronto entre sujeito e objeto, na qual se conhece e se estabelece relações com a colaboração de educadores;
  • A Elaboração e a Expressão da síntese do conhecimento que vem adquirindo expressa-o concretamente, mediado pelo professor.
Essas três dimensões do trabalho do educador, orienta o processo de construção do conhecimento, a partir do movimento do pensamento que vai do concreto para o abstrato. Esta será a base metodológica de nossa atuação, com vistas à formação da cidadania e na busca de um ensino realmente de qualidade a partir:
  • do conhecimento de pesquisas e entrevistas, no intuito de explorar e aprofundar questões de interesse do grupo e assim despertar o espírito investigador;
  • da realização de experiências que despertem no aluno o espírito científico, utilizando material concreto para que o conhecimento se corporifique no concreto e a partir dele se estruture;
  • do desenvolvimento da expressão oral, escrita e a criatividade dos alunos, a partir da produção de relatórios sobre as práticas desenvolvidas;
  • da execução de trabalhos em grupo, promovendo a integração entre a escola e comunidade, articulação entre as disciplinas, tendo como ponto central a realidade de vida do aluno;
  • do desenvolvimento de temas geradores como justiça, respeito e solidariedade, visando a participação consciente na escola, na comunidade e na sociedade.

Assim, deve-se considerar não só a realidade vital da escola, mas também a realidade sócio-cultural na qual está inserida. Uma metodologia significativa implica em atividades que tenham relevância para o educando, no sentido de suprir suas expectativas, interesses e necessidades. E este é o objetivo de nossas ações pedagógicas.

5.3.1.6 Avaliação do Processo Ensino e Aprendizagem

No caso da avaliação de aprendizagem é imprescindível o maior número possível de informações que apontem aquilo que eles já sabem, o que não sabem e o que precisam saber. Claro que o avaliador, neste caso, o educador, deve ter uma leitura de mundo e compartilhar, dentro da instituição, da concepção de um mundo melhor para realmente saber reorientar o trabalho pedagógico com vista à formação de um homem idealizado por este coletivo, tendo o aluno como protagonista. Desta forma, a avaliação ocorrerá da seguinte forma:

a) Averiguação dos Conceitos (avaliação)

A avaliação da aprendizagem na escola está definida de modo claro e consciente a partir da perspectiva da avaliação contínua e paralela como processo verificador da assimilação dos conceitos trabalhados. A averiguação dos conceitos de avaliação ocorrerá de acordo com a resolução nº 033 do CEE e com o Regimento Escolar, no art. 55 que rege sobre os objetivos da avaliação.
Os professores foram contundentes nos seguintes critérios: a realização de no mínimo quatro instrumentos de avaliação por bimestre, sendo que cada instrumento alcance no máximo 30 pontos bem como a realização bimestral do simulado, uma avaliação multidisciplinar contendo cinco questões objetivas, valendo 30 pontos para cada disciplina e ficando a critério do professor a recuperação desse instrumento. Diagnosticar as reais dificuldades e causas de aprendizagem ou não aprendizagem dos alunos para fazer uma releitura dos conceitos (conteúdos), dos procedimentos (método, didática) e da averiguação da aprendizagem (avaliação) é o objetivo principal do Conselho de Classe que conta, no primeiro momento, com a participação dos alunos no pré-conselho realizado em sala de aula com o professor conselheiro. Depois, esse resultado é socializado e discutido no Conselho de Classe entre professores e a coordenação pedagógica.
A avaliação constitui uma ação que acontece durante todo o processo de construção do conhecimento, com base na produção intelectual do aluno. Há algumas alternativas possíveis adotadas como pontos da avaliação processual:
  • Trabalhos em grupo na sala de aula: permite o confronto de diferentes opiniões e a cooperação entre os alunos, num processo de criação e não de mera repetição;
  • Diversificação das atividades em sala de aula;
  • Necessidade e diversidade apresentada pela turma;
  • Atividade para casa: complementa a construção do conhecimento a partir de atividades desafiadoras que promova reflexões;
  • Revisão periódica do trabalho do professor: possibilita adequação às necessidades dos alunos;
  • Laboratório de aprendizagem: complementar experiências pedagógicas no laboratório de informática;
  • Monitoria em sala de aula: supera o individualismo na produção do conhecimento de forma participativa em que a aprendizagem depende do outro;
  • Projeto interdisciplinar que favorece a integração e compreensão entre os conteúdos e entre os sujeitos da aprendizagem;
  • Projeto de pesquisa: visando despertar o gosto pela pesquisa, pela descoberta, contextualizando o conhecimento;
  • Temas geradores: uma possibilidade para contextualizar e integrar os conteúdos tornando-os mais significativos.
As práticas avaliativas são ideias a serem trabalhadas como alternativas de avaliação processual, para detectar os níveis de aprendizagem do educando e decidir novas ações para atingir os objetivos propostos no início e durante o processo. Uma vez detectada as falhas, proceder a recuperação.
O aluno que faltar alguma atividade avaliativa, terá cinco dias úteis para fazê-la, mediante autorização por escrito da coordenação pedagógica.
Quanto aos alunos com necessidades educacionais especiais, serão utilizados procedimentos, técnicas e instrumentos de avaliação distintos da classe; preferencialmente, em forma de relatório do desenvolvimento pedagógico: áreas de conhecimento, psicomotricidade e aspectos sócio-afetivos, bem como organização de portfólios para acompanhamento do desempenho, sem alterar os objetivos da avaliação e seu conteúdo.

5.3.1.7 Contexto Extra Escolar

Se quisermos uma escola democrática e participativa, faz-se necessário promover a convivência democrática por meio da participação da comunidade na escola. A convivência democrática na escola supõe diálogo, ação, cooperação e participação ativa de toda comunidade escolar, na busca de soluções e encaminhamentos para os conflitos cotidianos e a construção de valores de ética e de cidadania.
Na Escola Jesus Nazareno, a participação constitui uma forma significativa de, ao promover maior aproximação entre os membros da escola, reduz-se a desigualdade entre eles. Portanto, a escola busca formas mais democráticas de gerir uma unidade social, criando condições que os membros de uma comunidade não apenas tomem parte de suas decisões, mas assumam responsabilidades.
Todos os agentes locais: pais, comunidade, ou coletividade local, tornam-se “parceiros” fundamentais nesse processo de inovação e transformação. Todo esse processo enriquece e fortalece para que a escola cumpra o seu papel, contribuindo de forma significativa à sua relação também com o poder público, cooperando cada vez mais com os outros setores da comunidade, com vista à preparação dos educandos para a vida social, familiar e profissional.
Como toda mudança na Educação, o processo é lento e demanda tempo, iniciando-se muitas vezes pela adesão de dois ou três elementos em torno de uma ideia comum. Ao longo de sua participação, novos elementos vão aderindo e se envolvendo no processo pedagógico. Neste processo de interação com a comunidade, a escola cria ambientes culturais que contribuam para a aprendizagem e o convívio social. Esta participação é de suma importância para a escola. Pois a comunidade, a partir do momento que conhece e participa nas decisões tomadas, assume o trabalho da escola, engaja-se na busca da qualidade e concretiza o processo de democratização da escola pública.

  1. Das Relações Humanas

A atual situação do sistema educacional no país exige que, além de uma formação contínua e sistemática, os profissionais de educação portem-se como células de um processo reflexivo e crítico sobre a própria prática pedagógica. Mas não se trata apenas de uma questão técnica. O professor, assumindo o papel de educador, precisa resgatar, na sua convivência com os alunos, a relação humana, que, aliás, se antepõe à relação profissional.
Assim, um corpo de atitudes será redescoberto a partir da observação e da análise de situações reais e concretas; captar a riqueza que os alunos trazem, aprendendo com eles; iniciar, através de atividades em grupo, ideias práticas de responsabilidade e solidariedade. A relação humana entre aluno e professor também precisa ser repensada. A princípio, o professor precisa enxergar os alunos como pessoas e não como máquinas de aprender. A melhor estratégia para transformar esse impasse é o diálogo, essencial nas relações humanas, pois na grande maioria dos casos, a deficiência escolar dos alunos está diretamente relacionada a questões de origem afetivo-emocional. Assim, são necessários cuidados adequados, visto que os alunos têm o direito à sua individualidade, mas também precisam evoluir na sua interação com a sociedade em construção. Uma das possibilidade é o resgate da auto estima do aluno. É preciso despertar-lhe a consciência da competência.
No contexto da relação do conhecimento com as experiências dos educandos, dentro de um processo dinâmico e progressivo, o professor é, antes de tudo, um mediador, ou seja, um elo entre o aluno e a aprendizagem.
As relações humanas entre os componentes dos diversos seguimentos da escola, a saber, entre alunos, professores, inspetores, servidores, coordenadores pedagógicos, gestores administrativos, bem como, entre a escola e a comunidade, deverão seguir os princípios defendidos neste PPP.
Para fortalecer tal relação, os docentes propõem que a escola promova Sarau Literário, Feira Pedagógica e Feira de Ciência, desfile de sete de setembro, com a participação de escolas da adjacência, apresentação de quadrilha e fanfarra, gincana estudantil, jogos inter-classes, além de criar e/ou fortalecer parcerias com instituições públicas e privadas.
O corpo docente entende que é necessário o relacionamento permanente e progressivo entre todos os seguimentos da comunidade escolar e da comunidade local para favorecer a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se expressam no ambiente escolar.

5.3.1.8 Da Disciplina (Ética/Comportamental)

As regras e os limites existem como em toda e qualquer organização social, e estão especificadas na Norma de Convivência da Escola, construída coletivamente pelos alunos, professores e demais funcionários da escola no ano de 2009, e ainda, no Termo de Compromisso, assinado pelo pai e/ou responsável no ato da matrícula; tais documentos são baseados legalmente pela Resolução 033 do CEE/RR.
No entanto, entendemos que a boa convivência, baseada em valores como respeito e solidariedade, deverá ser trabalhada em todas as áreas do conhecimento, na busca de um melhor aproveitamento das oportunidades do ensino-aprendizagem. Assim, a disciplina não deve ser concebida apenas como um conjunto de normas a serem cumpridas pelos alunos e determinada pelo Regimento Escolar. Dentro do novo contexto, disciplina é sinônimo de trabalho, diálogo, afeto e respeito mútuo. A disciplina é, portanto, uma das grandes possibilidades que o aluno tem de ter consciência de seu próprio comportamento e vivenciá-la, mais do que como um conceito primitivo, uma oportunidade de desenvolver algumas habilidades essenciais: aprender a conhecer, beneficiando-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida; aprender a fazer, adquirindo não só qualificação profissional, mas também a de enfrentar situações diversas e a trabalhar em equipe; aprender a viver juntos, desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências; e aprender a ser, desenvolvendo sua personalidade e sua capacidade de autonomia, discernimento e responsabilidade pessoal.
5.3.1.9 Parcerias previstas
As parcerias entre escola e comunidade ocorrerão de forma contínua, entre as famílias, os participantes das associações locais e dos órgãos administrativos de ensino.
5.4.1 Dimensão Administrativa

Como se sabe, no Brasil, a gestão democrática na educação é figurada como norma jurídica desde a Constituição Federal de 1988, no artigo 206, mas só em 1996, ano que marca a vigência da lei 9.394, como se observa o artigo 3, inciso VIII, que o ensino será ministrado enquanto princípio na gestão democrática do ensino público, ressaltando ainda a gestão educacional como democrática e contando com a participação dos diferentes segmentos da Escola.
De acordo com Cury (2002, p. 165) a gestão implica o diálogo como forma superior de encontro das pessoas em solução de conflitos. Como se sabe a democracia sustenta as relações humanas, tendo o diálogo e a alteridade como base a sua edificação e organização formal, como os devidos procedimentos horizontais/ igualitários que garantem sua relação entre as pessoas.
Para Dourado (2000, p. 79) gestão é:

(...) o processo de aprendizado e de luta política que não circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do “jogo” democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas.

Trata-se, portanto, de uma conceituação que reforça ainda mais a necessidade de participação dos vários segmentos da gestão escolar. A gestão democrática (Ferreira, 2006, p. 305), possibilita a representação de diferentes segmentos da comunidade escolar, seja ela interna ou externa, viabiliza a participação e o exercício da cidadania, com maior liberdade de expressão, onde todos têm espaço para expor seu conhecimento, que é único e que poderá ser somados aos conhecimentos dos outros, tornando os envolvidos mais participativos e autônomos.
Nesse sentido, imbuídos da necessidade de se romper com a forma tradicional de administrar a Escola, enfrentando os problemas de forma coletiva, como o envolvimento de todos os que pensam e fazem a educação, degustando da ideia de que a gestão democrática possibilita o processo político por meio do qual as pessoas na escola discutem, planejam, deliberam, encaminham, controlam, buscam soluções para os problemas, executam e avaliam um conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Processo esse, centrado no diálogo, com base na participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações da escola.
Vale ressaltar que, tal conceito de gestão democrática envolve valores e atitudes na construção da cidadania, que inclui a noção de autonomia, participação, “construção partilhada” pensamento crítico, em oposição à ideia de subalternidade, mas envolve, também, a de responsabilidade, prestação de contas, bem comum, espaço público. E é a partir da articulação dessas dimensões, ações como a participação mais expressiva de professores e professoras, pessoal de apoio administrativo, pais, mães, responsáveis, alunos, alunas no cotidiano da Escola que se pode oferecer à população, uma educação de qualidade, que é direito de todos, bem como uma resultante da própria dinâmica do processo de democratização.
No entanto, para buscar um maior entendimento a respeito de como se processa a autonomia dentro da escola, optou-se, aqui, por descrevê-la, de acordo com Castro Neves (1995, p. 47) o eixo administrativo trata da organização da Escola como um todo, destacando o estilo de gestão e a figura do gestor como agente promotor deste processo, que por sua vez deve envolver a comunidade interna e externa à Escola. Segundo a autora, o eixo pode ser entendido através de:
  • Forma de gestão, refere-se ao estilo do gestor, aos mecanismos que ele adota (ou não) para possibilitar a participação da comunidade na gestão da Escola, o real conhecimento da realidade e os valores que sustentam a proposta da Escola, entre outros aspectos, envolvendo a gestão escolar;
  • Controle normativo-burocrático, controles que podem ser internos, estabelecidos pela Escola, ou externos, vindos do Sistema; e a sistematização do regimento, controles e registros de avaliações, notas e outros da escola;
  • Racionalidade interna, refere-se à maneira pela qual a Escola organiza seus recursos para atingir seus resultados de acordo com os objetivos do PPP;
  • Administração pessoal, é a possibilidade de dispor de profissionais com perfil dos objetivos da Escola;
  • Administração de material, vinculada aos materiais necessários à manutenção da Escola;
  • Controle de natureza social, racionalidade externa, que se preocupa com a participação da comunidade externa – pais e demais representantes – no planejamento, acompanhamento e avaliação da Escola.

a) Serviço Técnico Administrativo

Serviço Técnico Administrativo, responsável pela infraestrutura administrativa da escola e constituída pela direção e apoio administrativo. A direção é formada pela gestora, 01 administrador, 02 coordenadores 01 secretário. O apoio administrativo visa promover condições à escola em termos de garantir a regularização da vida escolar do aluno, conservação, manutenção e limpeza do prédio.
b) Recursos Humanos
Quadro dos funcionários de apoio:








Quadro de Funcionários
FUNCIONARIOS DA UNIÃO : 18
NOME DO SERVIDOR
FUNÇÃO
1
Alcino Ribeiro da Costa
Vigia
2
Alzira Braga de Souza Silva
Orientadora Educacional
3
Ana Maria Silva de Oliveira
Coordenadora Pedagógica
4
Andrelina Rodrigues da Silva
Copa
5
Antonia Alves Bezerra da Silva
Assistente de Aluno
6
Aureo Lucena Soares
Porteiro
7
Cosma Souza lima

8
Fernando Souza Rodrigues
Auxiliar de Biblioteca
9
Francisco Romerio Gonçalves da Silva
Aux. Biblioteca
10
Hélio Luiz Rodrigues
Aux.Laboratório de Informática
11
Luzineide Otília Nascimento Melo
Copa
12
Maria da Consolação Passos da Costa
Apoio Pedagógico
13
Maria das Graças Alves de Oliveira
Assist/ Aluno
14
Maria Silva da Macena
Aux. Secretaria
15
Maria Terezinha Moreira da Silva
Assist/ Aluno
16
Marilene Pereira dos Santos
Aux. Secretaria
17
Milton Paulo dos Santos
Portaria
18
Raimunda Nonato de Arruda
Assist/ Aluno


FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS: 13

NOME DO SERVIDOR
FUNÇÃO
1
Antonio Braga de Oliveira

Vigia
2
Dalvina Nobre Tavares

Copa
3
Doralice Pinto

Assist/ Aluno
4
Edivilson Oliveira Barroso

Treinador de Esportes
5
Kelly Felipe do Nascimento

Assist/ Aluno
6
Onofre Vicente Raposo

Vigia
7
Raimunda Neurice Pereira Arruda

Assist/ Aluno
8
Raimundo Nonato Sousa de Almeida

Assist/ Aluno
9
Renata de Paula da Rocha Barros

Copa
10
Rosangela Fernandes de Sousa

Copa
11
Sebastião Jorge de Farias

Porteiro
12
Silvana Castelo de Souza

Assist/ Aluno
13
Vera Lucia Alves da Silva

Assist/ Aluno
  
QUADRO EFETIVO DE APOIO: 14







NOME DO SERVIDOR
FUNÇÃO
1
Adauto Andrade Martins

Instrutor de Karate
2
Antônia Zélia Araújo Silva

Laboratório de Informática
3
Alquindo Chagas de Matos Neto

Vigia
4
Dárcio Cabral de Souza

Aux. Secretaria
5
Delmiro Adriano Verissimo de carvalho

Aux. Secretaria
6
Francisco da Costa Bezerra

Digitador
7
Gildelena da Luz Rocha

Secretária
8
Ireny Maria dos Santos

Assist./ Aluno
9
Joelia de Almeida Gonçalves

Merendeira
10
Maria Leila de Sales Melo

Gestora
11
Marta Cristina da Costa Silva

Aux. Secretaria
12
Núbia Maria dos Santos Silva

Merendeira
13
Orlando Lima Camelo

Porteiro
14
Verônica Oliveira Barroso

Adm. Educacional
















7.2.1.1. Corpo docente: 36










QUADRO DE FUNCIONARIOS EFETIVO/ PROFESSORES: 36
NOME
HABILITAÇÃO
DISCIPLINA QUE MINISTRA
1
Aldenete da Silva Guimarães
L.P. Geografia
Geografia
2
Alexsandra Peixoto de Oliveira
L.P. Química
Química
3
Ana Kátia Ferreira de Assunção
L.P. Matemática
Matemática
4
Ana Maria da Silva Martins
L.P. Ed. Física
Ed. Física
5
Breno Silva
LP. Matemática
Matemática
6
Candido dos Santos Silva
L.P. Matemática
Matemática
7
Cleude Santa Blígida C. Silva
L.P. Letras
Português
8
Edilaci Soares de Oliveira
L.P. Letras
Português
09
Eliezer Rodrigues Martins
L.P. Matemática
Matemática
10
Erasmo José Silvestre da Silva
L.P. Letras
Espanhol
11
Fábio de Jesus S. de Almeida
L.P. Química
Química
12
Ivan Silva Almeida
L.P. Matemática
Matemática
13
Jailzo de Sousa Carvalho
L.P. Física
Física
14
José Ferreira Neto
L.P. Pedagogia
Sociologia e Filosofia
15
José Mairton da Silva
L.P. Pedagogia
Matemática
16
Lucinalda dos Santos Coelho
L.P. Pedagogia
Artes e Religião
17
Mara Gardeane Abreu Lima
L.P. Letras
Espanhol
18
Marcelo Mature Peixinho Aglantzaquis
L.P. Ed. Física
Ed. Física
19
Maria Aparecida da Silva
L.P. Letras
Português
20
Maria de Fátima Ramalho dos Santos
L.P. Geografia
Geografia
21
Maria do Socorro de Oliveira
L.P. Pedagogia
Prof. Auxiliar
22
Maria do Socorro de S. Tavares
L.P. Letras
Português
23
Maria Nilda de Araujo Lima
L.P. Pedagogia
Apoio Pedagógico
24
Marinalva Rodrigues Lima
L. P. História
História
25
Murilo Gomes Pereira
L.P Física
Física
26
Natália Maria Thomas Grígio
LP Pedagogia
Sala Multifuncional
27
Neub Hilário da Silva Borges
L.P. Pedagogia
Religião
28
Paula Madeira de Castro
L.P. Ed. Física
Ed. Física
29
Paulo Jorge Bentes dos Santos
L.P. Geografia
Geografia
30
Paulo Ribeiro da Silva
L. P. História
História
31
Pedro Calheiros R. Filho
LP Biologia
Biologia
32
Rita de Cássia de Campos Peixoto
L.P. Biologia
Biologia
33
Roseli Fernandes do N. Oliveira
L.P. Letras
Português
34
Rosilda Garcia da Silva
LP Pedagogia
Sala Multifuncional
35
Teresinha Fernandes da Silva
L.P. Pedagogia
Matemática
36
Vagner Tolentino Leite
LP Geografia
Geografia


Serviço Técnico Pedagógico, compreende o planejamento, execução e avaliação do processo ensino aprendizagem com o propósito de oferecer um ensino de qualidade. É exercido pela Coordenação Pedagógica, corpo docente e dicente. Ao coordenador pedagógico compete, especialmente, orientar, coordenar e avaliar toda a atividade docente em função do planejamento, execução e avaliação. O corpo docente é responsável diretamente pela função produtiva do ensino, devendo sua ação convergir para o alcance dos objetivos propostos. O corpo discente, constituído de todos os alunos matriculados e que frequentam regularmente as aula, em igualdade de condições, tem direito aos benefícios de caráter educativo que a escola proporciona e deve aplicar-se aos estudos, buscando o melhor aproveitamento das oportunidades de ensino-aprendizagem.
Órgãos colegiados estão destinados a prestar assessoramento técnico-administrativo e pedagógico às atividades da escola. Compreendem o Conselho Deliberativo Escolar, Associação de Pais e Mestres e Grêmio Estudantil (este em fase de formação). O Conselho Deliberativo Escolar faz parte da estrutura administrativa da escola. É um órgão de deliberação coletiva de caráter consultivo e deliberativo. A Associação de Pais e Mestre (APM) tem como objetivo principal a integração do trinômio escola-família-comunidade.


c) Infra - estrutura e materiais tecnológicos
A escola possui um total de 16 salas de aulas distribuídas em quatro blocos. Cada sala com quatro ventiladores (alguns já com defeito). Nas salas estão um total de 525 carteiras para alunos e 16 mesas e cadeiras p/ professores. Cada bloco disponibiliza de 03 banheiros masculinos e 03 femininos, sendo 02 para portadores de deficiência física. Na TV escola contém 35 carteiras 01 (uma) central de ar, 01 armário de aço com fitas e CDs educativos, 01 estante de madeira, 01 de aço, 02 televisores de 20”, 02 vídeos cassete, 01 DVD, 01 mesa com cadeira do aluno, 01 data show. Em outra sala está a biblioteca, com 12 estantes de aço, 06 mesas grandes de madeira, 01 pequena e uma retangular, 03 armários de madeira, 01 porta revistas de ferro. O laboratório de informática está anexo à área de recreação, contendo uma antena digital, 10 computadores, com CPU, monitor, mouse e teclado, 02 caixas de som, 01 combi com 12 portas, 01 quadro magnético, 10 cadeiras giratórias, 50 cadeiras de plástico cor branca, 10 mesas para computadores em uso, 04 mesas quebradas, 01 armário de aço, 01 impressora Apollo 2500/2600, 01 central de ar, 01 mesa redonda, 01 televisor de 29”, 02 TV pen drive, e 02 mesas pequenas. Há uma cantina com 01 ventilador e 01 lavatório com duas cubas. No refeitório há 01 bebedouro. Na copa há dois freezer marca cooler H 210 e Prosdócimo, ambos com defeito, 01 geladeira cônsul 28L com defeito, 01 fogão DAKO industrial de quatro bocas, 01 mesa tamanho médio sem cadeiras, 01 ventilador de teto, 01 relógio de parede, 03 quadros decorativos, 01 pia com um cubo, 01 tanque tamanho médio e 04 pequenos. Ao lado da copa tem 01 deposito e banheiro para funcionários, 01 sala com mecanográfico. No depósito de material didático tem 02 prateleiras de aço com 05 divisórias portas, 01 prateleira de aço com 16 compartimentos, 02 armários de aço com 02 portas, 02 botijas de gás, 01 caixa amplificada, com defeito, 01 escada de aço com sete degraus, e outros utensílios de uso doméstico, No bloco da administração: na Direção há 02 armários de aço com 02 portas, 01 televisor de 29”, 01 mural pequeno, 02 cadeiras giratórias de escritório com apoio de braços, 01 cadeira de escritório simples e 01 ventilador. Na sala da Coordenação Pedagógica: 01 central de ar de 30.000 btus, 01 armário de aço com 02 portas, 04 arquivos de aço, 01 estante de aço, 05 cadeiras giratórias, 01 cadeira simples de escritório, um computador com impressora, 01 rack, 01 Tv de 20”, 01 geladeira e 04 mesas de madeira. Na secretaria: 11 armários, sendo três de madeira e os outros de aço, 01 mesa para computador, 02 computadores Positivo, 02 impressoras,01 mesa para impressora, 04 cadeiras giratórias, 01 frigobar, 01 ar condicionado 12.000 btus Springer Mundial, 01 guilhotina Rymor, 01 quadro de madeira para chaves, 01 aparelho telefônico, 01 ventilador, 01 relógio de parede e 03 quadros decorativos. Ao lado da secretaria: 02 banheiros, masculino e feminino com lavatórios e sanitários com defeito; Na sala de saúde: 01 ventilador de teto, 01 ar condicionado de 7.000 btus,01 armário de aço com duas portas, 01 uma mesa de aço com 07 gavetas 01 pia inox pequena e 01 maca de ferro. Material de laboratório: 01 microscópio com defeito, 01 esqueleto incompleto e 08 tubos de ensaio Sala dos professores: 01 mesa grande, 01 estante com 05 lugares, 01 armário de aço com 02 portas, 09 cadeiras de escritório simples, 01 geladeira grande Eletrolux, 01 televisor de 20” 02 ventiladores, 02 ar condicionados com defeito, 01 relógio de parede e dois murais. Sala da Fanfarra: 01 bumbo, 01 par de pratos, 07 cornetões, 16 cornetas, 06 atabaques, 01 mesa grande (da copa).

d) Gerenciamento da merenda escolar

Por ser uma escola da rede de ensino pública estadual, a Escola Jesus Nazareno, tem a merenda escolar fornecida pela COAN, empresa que presta este serviço ao Governo do Estado de Roraima. Desta forma, a merenda é distribuída de acordo com a quantidade de alunos existentes na escola, duas vezes ao dia, sendo o cardápio elaborado pela COAN e enviado quinzenalmente para conhecimento da comunidade escolar.

5.4.2 Dimensão Financeira

O Projeto Político Pedagógico enfatiza o uso das instalações da escola, bem como de seus equipamentos tecnológicos durante a implementação das ações.
Para suprir a necessidade de falta de materiais que dificultam o desenvolvimento das ações e práticas pedagógicas, além das verbas oriundas de transferência financeira, a escola movimentará recursos arrecadados através de eventos que serão promovidos pela integração entre a escola e a comunidade como: bingo, rifas beneficentes, gincana e arraial. Esses recursos contribuirão para preservação do espaço físico, manutenção dos projetos desenvolvidos pela escola e formação continuada dos profissionais, visando a melhoria da qualidade de ensino.
Os equipamentos, instalações e materiais pedagógicos adquiridos por meio da captação de recursos, serão utilizados pela comunidade com compromisso e equidade. Portanto, a escola adotará dentre uma sistematização, um cronograma de agendamento para que a utilização dos recursos didáticos ocorra de forma adequada, atendendo às necessidades educacionais dos alunos.

5.4.3 Dimensão Jurídica

A ação didático-pedagógica da Escola Jesus Nazareno está precedida de uma análise da realidade concreta do aluno, em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente, com as Normativas do Conselho Estadual de Educação do Estado, com a Constituição Federal, com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 e com os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Assim, a escola tomará como base da legalidade das ações, bem como com relação a outras esferas do sistema de ensino do meio em que está inserida, as seguintes diretrizes:
  • Lei Nº 8.069 de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente – e a Convenção Sobre os Direitos da Criança, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas de 20 de novembro de 1989.
  • Resolução CNE/CEB Nº 02/98 –Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
  • Resolução CNE/CEB Nº 2/2001 – Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
  • LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
  • Lei de Diretrizes e Bases da Educação – 9.394/96 – entre seus artigos, destacam-se o 14 e o 15, os quais ressaltam as seguintes determinações:
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (...);
Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão as unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.

6. DIAGNÓSTICO

A Escola Jesus Nazareno de Souza Cruz está localizada na área periférica de Boa Vista – RR e atende famílias com renda mensal de um a três salários mínimos, moradores dos bairros Jardim Caranã, Cauamé, Caranã e União. Tal público tem nível de escolaridade variável, que vai de não alfabetizado ao nível superior. São famílias, na sua maioria, provenientes de outros estados, residentes há mais de dez anos nas comunidades. Quanto à profissão que exercem, são as mais variadas, predominando a atividade autônoma, doméstica e serviços gerais. A religião predominante é a católica, porém com o crescente número de evangélicos. Grande parte dos alunos são filhos de pais separados e mora só com a mãe, o pai, ou com os avós.
A partir desse quadro sócio-econômico, pode-se perceber que as dificuldades que as famílias enfrentam hoje estão relacionadas a questões políticas, sociais e econômicas, o que reforça a importância deste Projeto Político Pedagógico, no sentido de possibilitar à escola o cumprimento do seu papel, promovendo aos alunos uma consciência crítica quanto à necessidade de mudanças nas estruturas de nosso país, partindo de além do conhecimento científico, para a capacidade de transformação de nossa sociedade.
A escola trabalha, atualmente, com o Ensino Fundamental nível II e o Ensino Médio Regular. Atende aos alunos no turno matutino das 07h30 às 11h50 e vespertino das 13h30 às 17h50.
Para atender a uma clientela de aproximadamente 1.063 alunos, distribuídos nos turnos matutino, vespertino e noturno, com idade a partir dos 10 anos, a escola dispõe, atualmente, de 85 colaboradores, assim distribuídos: 35 professores e 50 funcionários de apoio.
O calendário escolar adotado é enviado pela SECD e adaptado pela escola, contemplando eventos e projetos desenvolvidos na comunidade escolar. A escola sempre foi vista como espaço seguro, com profissionais capacitados e bom atendimento ao público, tendo como principal característica a gestão humanizada e compartilhada com a comunidade. Acredita-se que é preciso valorizar as virtudes para se extrair o melhor de cada cidadão.
A comunidade participa sugerindo e acatando normas através de reuniões bimestrais e prestigiando eventos sócio-culturais. Outras atividades são desenvolvidas na escola tais como, a escolinha de Karatê, treinamento de equipes de Futsal e Voleibol, projetos como o Olá Comunidade, PROERD, Despertar, além dos projetos esportivos e culturais que são constantemente desenvolvidos no interior da escola e que contam com o envolvimento da comunidade.
As relações interpessoais nos conduzem ao bom andamento dos trabalhos e do que é planejado durante o período letivo e o dia a dia se reflete com o cumprimento das normas e da organização escolar.
O trabalho pedagógico é bem orientado, existem leis disciplinares e temos como dificuldade maior, trazer os responsáveis para acompanhar a vida escolar do aluno.
Quanto à aprendizagem a escola cumpre bem seu papel, pois ocorre um rendimento crescente e progressivo nos dois últimos anos, a partir da 5ª série do ensino fundamental, até o 3º ano do ensino médio, conforme descrito na tabela abaixo.

ANO LETIVO DE 2008
FUNDAMENTAL
%
MÉDIO
%
APROVAÇÃO
84,20%
APROVAÇÃO
86,60%
REPROVAÇÃO
15,70%
REPROVAÇÃO
13,30%
EVASÃO
4,80%
EVASÃO
16,10%
ANO LETIVO DE 2009
FUNDAMENTAL
%
MÉDIO
%
APROVAÇÃO
90,20%
APROVAÇÃO
92,90%
REPROVAÇÃO
9,70%
REPROVAÇÃO
7,10%
EVASÃO
1,80%
EVASÃO
12%



Apesar do índice crescente de aprovação nos dois últimos anos, é necessário sistematizar um plano de ação que venha minimizar principalmente o índice de evasão e sanar as dificuldades de aprendizagem dos alunos. Além disso, pretende-se buscar recursos para o professor atender com qualidade as dificuldades encontradas, bem como trabalhar metodologias diversas e diferenciadas.

7. CALENDÁRIO ESCOLAR – ANO LETIVO 2011
FEVEREIRO
02-Término das Férias dos Professores
03-Apresentação dos Professores
Início do 1º Bimestre
Início do ano letivo
03 a 15-Diagnóstico
04-Reunião Técnico-Administrativa e Pedagógica
11-Reunião de Pais
16-HTPC – Elaboração do Plano de Ensino
21-Início do Período de auto-avaliação do Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar
17/02 a 02/03- Entrega do Plano de Ensino à Coord. Pedagógica
25-Capacitação de Coordenadores Pedagógicos

MARÇO
02-HTPC
04-Capacitação inicial dos Gestores
07-Dia não Letivo
08-Carnaval
Dia Internacional da Mulher
09-Cinzas
16-HTPC-Planejamento do Projeto Transdisciplinar
21 a 25-Escolha do Professor Conselheiro
22- Entrega das Questões do Simulado na Coord. Pedagógica
23- HTPC-Conclusão do Planejamento do Projeto Transdisciplinar
28 a 31-Escolha dos Líderes de Turma
30 – HTPC
Formação Inicial Circuito Campeão
31-Apresentação do Projeto Transdisciplinar à Comunidade Escolar

ABRIL
04-Simulado
06-HTPC
11 a 15-Pré-Conselho
13- HTPC
18-Término do 1º Bimestre
19-Início do 2º Bimestre
20-Conselho de Classe
21-Tiradentes
22-Paixão de Cristo
24-Páscoa
27-HTPC- Planejamento das Atividades de Reforço
28-Último dia para a Entrega das Notas na Coordenação Pedagógica

MAIO
01-Dia do Trabalhador
02-Início do Processo de Implantação do Grêmio Estudantil e do Conselho escolar
04-HTPC
06-Formação Continuada para Gestores Escolares
08-Dia das Mães
09 a 11-PAP – Plantão de Atendimento aos Pais
11-HTPC
12 e 13-XI Congresso Estadual dos
Trabalhadores em Educação – Dias não letivos
18-HTPC
25-HTPC
26-Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos
30-Término do período de Avaliação dos Prêmios de Gestão e Entrega de Dossiê
31-Dia Mundial sem Tabaco

JUNHO
01-HTPC
03-Formação Continuada para Gestores Escolares
07-Último dia de aula
23 - Feriado
24 – Facultativo
29 – Feriado

JULHO
04-Retorno das aulas
06-HTPC – Replanejamento do calendário; Rendimento do 1º Bimestre, implementação dos projetos
13-Simulado
HTPC – Programação da I Mostra Cultural – Mosaico Brasileiro
20-HTPC –
27- Término do 2º Bimestre
HTPC
28 - Início do 3º Bimestre

AGOSTO
01- Último dia para a Entrega das Notas na Coordenação Pedagógica
03-HTPC
05-Formação Continuada para Gestores escolares
05 e 06- I Mostra Cultural – Mosaico Brasileiro
11-Dia do Estudante
15 a 17-PAP- Plantão de Atendimento aos Pais
22-Dia do Coordenador Pedagógico
24-HTPC
30-Formação Continuada de Coordenadores Pedagógicos
31-HTPC

SETEMBRO
07-Independência do Brasil
09-Formação Continuada para Gestores Escolares
12-Último Dia para a Entrega das Questões do Simulado na Coord. Pedagógica
14- HTPC
21- HTPC
Dia de Luta Pelo Direito do Deficiente
22-Simulado
26 a 30-Programação do Aniversário da Escola
28- Aniversário da Escola
29-Formação Continuada de Coordenadores Pedagógicos

OUTUBRO
05-Aniversário de Roraima
Reposição de aula
06-Término do 3º Bimestre
07-Início do 4º Bimestre
12-Nossa Senhora Aparecida
14-Último dia para a Entrega das Notas na Coordenação Pedagógica
15-Dia do Professor–Feriado
19-HTPC
24 a 26 – PAP - Plantão de Atendimento aos Pais
27-Formação Continuada de Coordenadores pedagógicos
28-Dia do Funcionário Público
29-Formação Continuada de Coordenadores Pedagógicos

NOVEMBRO
02- Finados – Feriado
04- Formação continuada para Gestores Escolares
09- HTPC – Planejamento da programação para o Dia da Consciência Negra
12- Dia do Diretor Escolar
15- Proclamação da República
Reposição de aula
18- Programação Especial na Escola (Dia da Consciência Negra)
20- Dia da Consciência Negra
29- Formação Continuada de Coordenadores Pedagógicos

DEZEMBRO
03-Dia Internacional das Pessoas com Necessidades Especiais
04-Dia do Orientador Educacional
05-Simulado
08-Nossa Senhora do Carmo - Padroeira do Estado
19-Conselho de Classe
21-Reunião de Pais
22-Término do Ano Letivo
Entrega das Notas na Coordenação Pedagógica
23 a 29 - Exame Final
25- Natal
30-Início das Férias dos Professores

8. PLANO DE AÇÃO
Este componente do Projeto Político Pedagógico apresenta, de forma estruturada, alguns procedimentos e recursos que serão mobilizados para a execução daquilo que foi expresso no escopo desse documento.
 


 




Objetivos


Metas


Ações
Período


Responsável

Resultados
esperados
Execução
Acompanhamento






01


* Melhorar o rendimento escolar dos alunos, utilizando-se de inovações metodológicas e tecnológicas, possibilitando a melhoria no processo ensino e aprendizagem


*Melhorar o desempenho escolar dos alunos em 80% em relação ao resultado de reprovação de 2010.
*Promover semanalmente com os docentes momentos de estudos e reflexão sobre a prática pedagógica.
*Intensificar as aulas de reforço multidisciplinar








*Elevar o índice do IDEB de 3,7 para 3,8.





* Reuniões semanais – HTPC- com professores e equipe pedagógica para planejamento das questões que permeiam a prática pedagógica.
*Avaliar continuamente o desempenho escolar do aluno utilizando-se de diferentes instrumentos de avaliação.


* Realização do projeto de Reforço Multidisciplinar (em anexo)
*Realização de projetos transdisciplinares com temas da atualidade.
*Avaliação dos projetos realizados.

*Avaliação do quadro rendimento por área;


* Reunião com os pais para discussão do desempenho escolar
*Realização do Plantão de Atendimento aos Pais - PAP


*Atendimento individual aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.







*Semanalmente








*Bimestralmente







*Semanalmente




*Semestralmente






*Semanalmente




*Bimestralmente





*Bimestralmente





*Bimestralmente








* Semanalmente


Durante todo o ano letivo


Gestores, Professores e Coordenação Pedagógica











* Toda comunidade escolar










Melhoria do rendimento escolar dos alunos











9. PROPOSTA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Baseada nos princípios de igualdade e liberdade, a LDB 9394/96 coloca a educação escolar como direito subjetivo de todos, inclusive dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. Nessa perspectiva, e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, o presente Projeto Político Pedagógico não deixou de contemplar esta realidade, pois alguns destes alunos já estão dentro da escola, exigindo uma reformulação da prática educativa. Assim, a escola se propõe a garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
Conscientes disso, pretendemos criar uma prática educativa com ações e relações realizadas na escola e na sociedade para efetivarmos o nosso compromisso de transformar uma sociedade injusta e excludente, numa sociedade mais justa e igualitária, garantindo a todos a oportunidade de desenvolvimento integral e de suas potencialidades, adequando o currículo às condições dos discentes. No decorrer do processo educativo, será realizada avaliações pedagógicas dos alunos que apresentam necessidade educacionais especiais, objetivando identificar barreiras que estejam impedindo ou dificultando o processo educativo em suas múltiplas dimensões, com ênfase no desenvolvimento e na aprendizagem do aluno, respeitando seu caminhar próprio e favorecendo seu progresso escolar; buscando levar estes alunos à superação das suas limitações, tornando-os cidadãos aptos e capazes de se adequarem e intervirem criticamente na sociedade.
A Escola Jesus Nazareno já dispõe, em sua estrutura física, de rampas de acesso, faltando, portanto, adequação de banheiros e sinalização, entre outros recursos contemplados pela LDB. Pretende ainda, em parceria com o MEC, implantar a sala de recursos multifuncionais para atender alunos no contra-turno, pois já dispõe de dois professores capacitados para desenvolver um trabalho diferenciado com os alunos que apresentam NEE



9.1 CULTURA AFROBRASILEIRA


De acordo com a lei nº 10.639/2003, o tema cultura afro – brasileira será trabalhado durante o ano letivo, de forma a enriquecer o conteúdo das disciplinas que compõem o currículo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Na semana em que se comemora o “Dia Nacional da Consciência Negra”, ou seja, 20 de novembro, a Escola Jesus Nazareno se propõe a desenvolver trabalhos que explorem a influência da cultura africana na cultura brasileira. Os trabalhos desenvolvidos visarão destacar os traços desta cultura na arte, na culinária, na Língua Portuguesa, no folclore, na miscigenação entre raças. Além de ressaltar os aspectos culturais, também serão trabalhadas as questões políticas e sociais ligadas ao tema, durante o desenvolvimento do ano letivo.
Durante a Semana de Exaltação à Cultura Afro – Brasileira, serão realizadas feiras, apresentações de teatro e dança, além de palestras, exposições, filmes, etc.
O tema será trabalhado de forma multidisciplinar e/ou interdisciplinar, ficando a critério dos professores a escolha das metodologias e estratégias adequadas para o melhor desenvolvimento dos trabalhos.
Tal trabalho envolverá todos os segmentos escolares em torno deste projeto, ficando a Direção e Equipe técnica-pedagógica encarregada de fornecer os subsídios necessários.

10. AVALIAÇÃO

A prática de avaliação do Projeto Político Pedagógico da Escola Jesus Nazareno se tornará constante e institucional, pois é um processo importante de produção de conhecimento e de juízo de valor, intervindo qualitativamente no desenvolvimento do processo, intervindo não só na transformação da realidade, mas também nos próprios mecanismos de avaliação. Assim, deve ser uma ação sistemática, organizada e global da escola e necessita da participação de todos aqueles que constroem a escola.
Desta forma, a avaliação institucional não se dá isoladamente, ao contrário, mobiliza a escola como um todo, reafirmando os valores considerados positivos, transformando o que julga negativo, intervindo em todas as dimensões dos espaços escolares, em virtude de ser uma ação coletiva na busca da qualidade do ensino e melhoria da escola.
Somente através de um processo avaliativo permanente é possível diagnosticar as necessidades da escola, dimensionando as ações, quando for o caso, para se obter satisfação, tanto do trabalho pedagógico como administrativo
A avaliação do PPP acontecerá semestralmente, por meio de reuniões com toda comunidade escolar, dentro de um processo de reflexão e participação coletiva, que possibilita perceber as necessidades de melhoria e de fortalecimento dos objetivos que estão sendo alcançados e dos que precisam ser reorientados.

11. CONSIDERACÕES FINAIS

Partindo do pressuposto de que a elaboração do projeto político pedagógico não encerra o processo, e sim, é um processo que deve estar sendo sempre reiniciado e avaliado, uma vez que não pode gerar um único tipo de saber ou de programa, mas está em cosntante renovação, o grande desafio da escola é, portanto, de acordo com Veiga, envolver os diferentes segmentos da comunidade escolar na caminhada em direção à democracia da escola e à construção de seu projeto, pressupondo e exigindo:

Romper com a fragmentação, tanto mental quanto organizacional; clareza da definição dos princípios em diretrizes da Escola; real envolvimento da comindade escolar onde a parceria e o diálogo são pontos fundamentais; conhecimento da realidade escolar/social; analisar e avaliar as diferetnes situações da Escola e sues componentes e utiliá-las como diagnóstico para futuras situações; planejamento participativo e detalhado envolvendo todos os setores e constante estudo paraior aprofundamento de todos os envolvidos; atualização constante do pessoal docente e técnico de todos os setores da Escola, inserido em um processo de formação continuada; equipe gestora competente e participativa, que estimule, planeje, avalie, comande, apoie e dialogue sempre, continuamnte. (VEIGA, 1995, p. 51)

Em suma, o projeto político-pedagógico dá referência para todos os atores, como: professores, pedagogos, gestores, técninos, coordendores, orientadores pedagógicos, pais e alunos. E ainda, quando a comunidade aponta como cada ator pode e deve contribuir dentro da escola, de acordo com as necessidades evidenciadas, o resultado desse trabalho coletivo apontará que somente por meio da autonomia da escola, os sujeitos (alunos) terão uma aprendizagem satisfatória e significativa, enquanto que os sujeitos (professores) verão que seu fazer pedagógico ganhará mais sentido, quando centrado nas necessidades apontadas pelos próprios sujeitos envolvidos neste processo que tanto requer uma mudança de postura, procedimentos e de concepções, para que, assim, a escola possa realmente efetivar seu papel na sociedade, respeitada nos princípios da boa formnação cidadã.
Desde os primeiros momentos da reelaboração da Proposta Político Pedagógica da Escola Estadual Jesus Nazareno, repensamos nossa prática, estudamos teorias de educação, revisamos nossas experiências pedagógicas, nossas deficiências e, acima de tudo, firmamos nossa responsabilidade na busca de uma Educação de Qualidade, com vista à formação da cidadania. Sabemos que a formação do cidadão, passa necessariamente pela construção do conhecimento, no sentido de propiciar condições ao indivíduo para o desenvolvimento de competências e habilidades para atuar na sociedade com dignidade e responsabilidade. A escola, assim, se propõe a inovar sua prática pedagógica e criar oportunidades de aprendizagem que tendem a mostrar elos significativos com a experiência de vida dos alunos, seus interesses e necessidades.


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4 comentários:

  1. Parabéns a Escola Jesus Nazareno, pois a Escola hoje em dia deve possuir o seu PPP, visto que através do PPP gera a identidade da escola, sua autonomia e a luta por objetivos a serem concretizados.

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  2. Muito interessante a postagem do PPP, Parabéns a escola Jesus Nazareno. Todas as ações contidas são de extrema relevância e irá contribuir para que a EDUCAÇÃO seja eficaz e de qualidade.

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  3. HÉLVIO Tupinambá era filho de Odílio D' Oliveira Cruz (filho de Jesus Nazareno). Por isso, ele era Neto de Jesus Nazareno e não filho.

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